Como empresas brasileiras podem adotar copilotos de conhecimento sem comprometer a segurança da informação

Zunnae Ferreira
Zunnae Ferreira
Empresas brasileiras podem adotar copilotos de conhecimento sem comprometer segurança ao usar camadas de controle, afirma a Dataeasy.

A Dataeasy observa que o uso de copilotos de conhecimento, assistentes internos baseados em IA capazes de responder perguntas, sintetizar documentos e orientar processos, vem crescendo entre empresas brasileiras. Esses copilotos aumentam produtividade e reduzem o tempo gasto em buscas manuais, mas também trazem preocupações legítimas relacionadas à segurança, privacidade e governança. Para que a adoção ocorra de forma responsável, é essencial combinar tecnologia, arquitetura segura e políticas corporativas alinhadas à LGPD.

Copilotos corporativos não são chatbots comuns

Uma das maiores confusões no mercado é tratar copilotos corporativos como versões internas de ferramentas de IA abertas. A Dataeasy esclarece que, ao contrário de assistentes genéricos, copilotos de conhecimento:

  • Operam sobre bases documentais internas;
  • Respeitam permissões e perfis de usuário;
  • Utilizam trilhas de auditoria;
  • Preservam contexto organizacional;
  • Não enviam dados sensíveis para serviços externos.

É justamente essa camada de proteção que torna a tecnologia adequada ao ambiente empresarial e alinhada às exigências regulatórias brasileiras.

O risco da IA sem governança

Quando copilotos são implementados sem arquitetura segura, surgem riscos como:

  • Vazamento de dados sensíveis;
  • Respostas baseadas em fontes não confiáveis;
  • Acessos indevidos a documentos internos;
  • Exposição de informações estratégicas;
  • Uso de modelos que treinam com dados corporativos.

A Dataeasy reforça que, em setores como jurídico, saúde, financeiro, energia e governo, esses riscos são inaceitáveis, e evitáveis com as estratégias corretas.

Arquitetura segura: o primeiro passo

Empresas brasileiras podem adotar copilotos corporativos de maneira segura ao seguir três princípios de arquitetura:

1. Ambiente fechado (on-premises ou cloud isolada)

O modelo de IA deve operar dentro do ecossistema da organização, sem enviar dados a provedores externos para treinamento.

2. Recuperação interna via busca vetorial ou semântica

O copiloto deve consultar apenas documentos autorizados, garantindo que as respostas reflitam políticas internas, normativos e dossiês oficiais.

Dataeasy reforça que copilotos de conhecimento devem respeitar governança e proteção de dados.
Dataeasy reforça que copilotos de conhecimento devem respeitar governança e proteção de dados.

3. RAG para reduzir riscos de alucinação

A combinação entre recuperação de conteúdo e síntese ancorada garante que a IA só responda com base em documentos institucionais.

Esses três elementos formam uma base segura que impede que a IA produza respostas descoladas da realidade organizacional.

Políticas de acesso e governança documental

Nenhuma tecnologia é eficaz sem governança. A adoção de copilotos exige:

  • Perfis de acesso claramente definidos;
  • Segregação de privilégios;
  • Controle de quem pode consultar determinadas pastas;
  • Revisão periódica de políticas de segurança;
  • Integração com GED, ECM e SIGAD;
  • Aplicações diretas da LGPD no ciclo documental.

A Dataeasy observa que copilotos só são seguros quando as informações internas também são organizadas e controladas.

Conformidade com LGPD e requisitos regulatórios

Para evitar riscos jurídicos, a implantação de copilotos precisa seguir diretrizes como:

  • Minimização de dados pessoais;
  • Anonimização ou pseudonimização;
  • Registro de logs de uso;
  • Retenção documental adequada;
  • Consentimento e bases legais;
  • Trilhas de auditoria imutáveis.

Essas práticas garantem que a IA opere dentro dos limites legais e ofereça transparência ao usuário.

Treinamento corporativo e uso responsável

A adoção de copilotos exige também preparo humano. Organizações devem promover:

  • Treinamentos sobre uso seguro da IA;
  • Protocolos de consulta;
  • Diretrizes para evitar inserção de informações sensíveis desnecessárias;
  • Boas práticas para interpretação das respostas.

Quanto mais educadas estiverem as equipes, menores os riscos operacionais e maior o valor gerado pelo copiloto.

Resultados esperados ao adotar copilotos com segurança

Empresas brasileiras que seguem um modelo seguro conseguem:

  • Acelerar consultas internas;
  • Reduzir dependência de especialistas;
  • Diminuir retrabalho;
  • Padronizar respostas e pareceres;
  • Fortalecer governança da informação;
  • Melhorar qualidade e velocidade da tomada de decisão.

A Dataeasy considera que copilotos corporativos são uma das tecnologias mais promissoras da nova era da informação, desde que implementados com responsabilidade e arquitetura segura.

A adoção de copilotos de conhecimento traz benefícios significativos, mas exige atenção rigorosa à segurança e à governança. Para a Dataeasy, o caminho ideal envolve arquitetura isolada, políticas de acesso bem definidas, uso de RAG para contextualização e alinhamento total à LGPD. Empresas que seguirem essas diretrizes conseguirão aproveitar todo o potencial da IA corporativa sem comprometer dados sensíveis, processos críticos ou reputação institucional.

Autor: Zunnae Ferreira

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